quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Jatene para Skaf: "Têm que pagar!"

Esse é o título da nota da coluna de Mônica Bérgamo, na Folha de hoje (só para assinantes), que noticia que o cardiologista Adib Jatene, apontado como "pai" da CPMF e um dos maiores defensores da contribuição, disse a Paulo Skaf, presidente da Fiesp e que defende o fim do imposto, numa jantar beneficiente para arrecadar fundos para o Incor:

"No dia em que a riqueza e a herança forem taxadas, nós concordamos com o
fim da CPMF. Enquanto vocês não toparem, não concordamos. Os ricos não pagam
imposto e por isso o Brasil é tão desigual. Têm que pagar! Os ricos têm que
pagar para distribuir renda".


Segundo a nota da colunista da Folha, Skaf, cercado por médicos e políticos do PT que apóiam o imposto do cheque, tenta rebater:

"Mas, doutor Jatene, a carga no Brasil é muito alta!"

E Jatene:

"Não é, não! É baixa. Têm que pagar mais".

Skaf continua:

"A CPMF foi criada para financiar a saúde e o governo tirou o dinheiro da saúde.
O senhor não se sente enganado?
".

E Jatene:
"Eu, não! Por que vocês não combatem a Cofins (contribuição para financiamento
da seguridade social), que tem alíquota de 9% e arrecada R$ 100 bilhões? A CPMF
tem alíquiota de 0,38% e arrecada só R$ 30 bilhões
".

Skaf diz:

"A Cofins não está em pauta. O que está em discussão é a CPMF".

"É que a CPMF não dá para sonegar!", diz Jatene.

Jatene tem razão. A CPMF não dá margem à sonegação, é uma contribuição proporcional à renda e um poderoso instrumento de combate à própria sonegação. Por isso é tão combatida.

(Extraído do Blog do Zé Dirceu)

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