"No dia em que a riqueza e a herança forem taxadas, nós concordamos com o
fim da CPMF. Enquanto vocês não toparem, não concordamos. Os ricos não pagam
imposto e por isso o Brasil é tão desigual. Têm que pagar! Os ricos têm que
pagar para distribuir renda".
Segundo a nota da colunista da Folha, Skaf, cercado por médicos e políticos do PT que apóiam o imposto do cheque, tenta rebater:
"Mas, doutor Jatene, a carga no Brasil é muito alta!"
E Jatene:
"Não é, não! É baixa. Têm que pagar mais".
Skaf continua:
"A CPMF foi criada para financiar a saúde e o governo tirou o dinheiro da saúde.
O senhor não se sente enganado?".
E Jatene:
"Eu, não! Por que vocês não combatem a Cofins (contribuição para financiamento
da seguridade social), que tem alíquota de 9% e arrecada R$ 100 bilhões? A CPMF
tem alíquiota de 0,38% e arrecada só R$ 30 bilhões".
Skaf diz:
"A Cofins não está em pauta. O que está em discussão é a CPMF".
"É que a CPMF não dá para sonegar!", diz Jatene.
Jatene tem razão. A CPMF não dá margem à sonegação, é uma contribuição proporcional à renda e um poderoso instrumento de combate à própria sonegação. Por isso é tão combatida.
(Extraído do Blog do Zé Dirceu)
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